Blog "Ressucitado"

Posted: segunda-feira, 30 de abril de 2012 by Cláudio Canadá in
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Caros amigos, após um período de indefinições mas que agora está ultrapassado, estamos retornando com o nosso espaço de "causos" na rede. Confesso que adoro escrever e postar as minhas opniões sobre os mais variados assuntos. Assim, vamos desenvolvendo as nossas conversas durante esta semana curta, já que o feriado do trabalhador está aí à porta.

Vendo o Facebook durante o dia de hoje, atentei para as palavras do jornalista Augusto Lessa a respeito do mediático cantor Michel Teló, injustiçado pelo meio artístico nos últimos tempos. Injustiçado porquê?

"Semana passada, Michel Teló comemorou o 1º lugar no Hot 100 da Billboard. Muitos ‘intelectuais’ brasileiros odiaram o fato considerando-o uma desonra à nossa inteligência. Pela rádio CBN, Dan Stulbach, Luiz Medina e Zé Godoy, na Hora do Expediente, se mostraram ácidos e injuriados. O que mais impressionou os moços foi a saudação de Telo: “Brasil, é nois”. 


Ainda não consegui ver nenhum absurdo na premiação ou na saudação do artista ao povo brasileiro (ele é artista, sim). Michel Teló ganhou o mundo com o “Ai, se eu te pego”. Ele não obrigou ninguém a gostar da música que canta, não comprou a posição no Hot 100 da Billboard. Por que os brasileiros ‘cultos’ ou ‘descolados’ se envergonham tanto de Michel Teló? Ele é a nossa cara: brega, vulgar, medíocre. Sua música tem o maneirismo pé-de-chinelo de Dilma, de Lula, da cambada bodegueira que ficou rica da noite para o dia e se diz empresária, dos universitários boçais que compram diplomas e dançam forró, da gentalha das classes A a Z residente e domiciliada em coberturas ou barracos de todo o Brasil.

Odiar Michel Teló é odiar a imagem de nós mesmos no espelho do banheiro. Ele é a fotografia nítida do Brasil, um país com projeção internacional surpreendente, mas burro, ordinário, ridículo. Por tudo isso, a saudação de Michel Teló é autêntica e reveladora.
É nois, Michel!"

Parabéns ao Augusto Lessa pelas corajosas palavras que desvendam o outro lado da cultura deste "humilde povo brasileiro".