Não há necessidade de grandes argumentos para um entendimento básico sobre o que está acontecendo atualmente com o Brasil no que se refere à sua política nefasta. Sim, considero que o caos instalado nas instituições políticas do país foi provocado pelo Partido dos Trabalhadores por motivos óbvios:

- O PT, para conseguir alcançar o poder, teve que ir na contra-mão das suas pseudo-ideologias e aliar-se ao PMDB, o partido que possui as conhecidas e velhas raposas da política brasileira. Era a única forma de alcançar o topo da política e assim institucionalizar os conchavos com ministérios, cargos, carreiras, altos salários e as mordomias estendidas a todos aqueles ligados a estes políticos, principalmente familiares e amigos.

- O PT, embriagado pelo doce comando do país, amadoramente não esperava que o PMDB cansasse de ser mero coadjuvante político no país e que mais cedo ou mais tarde se rebelaria contra o seu principal aliado em busca do protagonismo, sempre em pauta nas suas obscuras aspirações.

- Equivocadamente, o Partido dos Trabalhadores acreditou que se perpetuaria no poder sem a necessidade de "alimentar cada vez mais a Velha Raposa" satisfazendo as suas aspirações e sua crescente fome de protagonismo político.

- Enfim, para encerrar, o PT se preocupa agora com o seu principal aliado político, aliado este que aos poucos se tornou o seu principal desafeto. Os dois patinam numa lama cada vez mais espessa e nós assistimos a toda esta imoralidade política que, como já afirmei, está institucionalizada no seio do país. Fácil chegar a conclusão de que o PMDB nunca foi aliado do PT, apenas aproveitou-se da sua falta de protagonismo para ascender ao poder e que a sua rebelião seria apenas uma questão de tempo. Como disse em outra oportunidade, olho para o PMDB como a prostituta política do Brasil.

Este partido atualmente tem o poder em suas mãos e acreditem, com o rito do Impeachment da Presidente Dilma, estará configurado o domínio das principais instituições políticas do país: Michel Temer (PMDB) assumiria a Presidência da República aliando-se ao Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) e ao Presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB).

O que mais falta?

O mundo chora e homenageia os mortos e feridos nos atentados de Paris na última sexta-feira. Eu, particularmente tenho motivos de sobra para prestar homenagens àqueles que se foram de forma prematura e àqueles que que ficaram, despedaçados por mais um ato de violência e intolerância contra cidadãos inocentes.

Estivemos em Paris no início da semana dos atentados e como bons turistas, nos primeiros dois dias, caminhamos por grande parte da cidade, a pé e bem acompanhados pelos amigos Miguel e Sofia, que nos hospedaram na primeira noite na capital francesa. Foi impossível não observar um aparatoso movimento militar de segurança nas proximidades dos principais pontos turísticos da cidade e nos perguntávamos: "Será necessário tudo isso?" Entretanto, deixamos Paris e os nossos últimos três dias na França foram passados em La Ferte Sous Juarre, na companhia de mais um casal especial, Manuel e Preciosa Castro.

Foi uma semana encantadora entre amigos e com a temperatura agradável, na terça-feira fomos convidados a mais uma visita a Disney Paris acompanhados pelos amigos Eduardo Maluta e a querida Soraia. Na noite da quarta-feira, regressamos a Lisboa já a preparar a volta para Fortaleza que aconteceria na fatídica noite de sexta-feira 13.

Chegando ao Ceará, soubemos com horror dos acontecimentos na capital francesa na mesma noite da nossa viagem de regresso ao Brasil. Porém, não tínhamos a noção de que piores notícias estariam por vir do outro lado do oceano: dos quase 150 mortos nos atentados, um deles, um senhor português que estava a trabalho nos arredores do Stade de France, era o simpático e amoroso pai na nossa amiga e anfitriã Sofia. Mal pude acreditar quando, via internet, a mesma me confidenciou o inferno em que a sua vida se transformara naquele momento. Não tive reação, não lhe pude descrever os sentimentos de perplexidade, tristeza e revolta sentidas em um instante único, miscelâneas intraduzíveis mas que ainda continuam a me bater a porta. 

Assim, por mais que escreva sobre uma homenagem a fazer aos mortos e feridos e a todas as famílias despedaçadas por mais uma tragédia premeditada, não vou encontrar palavras que possam expressar os meus sentimentos em relação a Sofia, a nossa amiga, a eterna "loira alentejana" que tenho o privilégio de conviver há mais de 10 anos.

Sofia, que Deus abençoe a ti e a tua família com o Seu Imenso Amor.

Cláudio Canadá e Jeanne Magalhães

Marte! Descobrimos água em Marte! Vamos viajar para Marte? A nova esperança mundial recai sobre o planeta vermelho principalmente agora, com as novas descobertas que alimentam o sonho e a ficção humana de viver em outro planeta.

Milhões dólares já foram gastos nas expedições não tripuladas a diversos outros astros mas chegou-se a conclusão de que Marte é o planeta menos agressivo para a habitação humana. É verdade, pode-se num futuro, viver em Marte. Méritos aos envolvidos. Muitas centenas de profissionais dedicaram muito tempo e trabalho para este desfecho épico.

Entretanto, algumas dúvidas surgiram a respeito de todo o processo de exploração da nossa futura nova casa. A maior delas é sobre a seleção dos voluntários para uma viagem só de ida para o espaço. Tanta gente envolvida, muito dinheiro investido em formação de profissionais para viagens fora da terra e abriram inscrições para voluntários para uma viagem sem volta?

Porque selecionar cidadãos comuns para uma viagem só de ida ao desconhecido? Parece-me que os cientistas sabem que as coisas não vão correr muito bem nestas viagens ao não envolverem os seus astronautas e pesquisadores no processo de seleção. Mesmo assim, hordas de cobaias surgiram em todos os cantos do globo, o que não me espanta, afinal, quem não gostaria de jogar bola com marcianos e terem os seus nomes marcados na história como as corajosos cobaias sucessoras dos macacos nas explorações espaciais?

Definitivamente, os assuntos que dominaram as redes sociais neste domingo foram o show do A-ha na última noite do Rock in Rio e o eclipse da Super Lua, visto com nitidez na maioria das cidades do Brasil. Não considero exagero quanto ao excesso de postagens e comentários a respeito dos dois temas afinal, ambos mexem com as nossas emoções.

Comemorando 30 anos do evento, o Rock in Rio trouxe para o Brasil ícones da música mundial que levaram ao delírio muitas gerações, independente do estilo musical. Confesso que, a emoção me dominou ao ver a atuação do A-ha resgatando hits que fizeram a minha adolescência feliz. Conheço aquelas músicas de cor e foi muito reconfortante ver que jovens na faixa dos 20 anos ali presentes também cantavam os sucessos memoráveis do grupo norueguês. Não sou tão velho, afinal.

O ponto negativo para este mar de emoções foi a falta de interação do vocalista Morten Harket com o extasiado público presente no recinto. Harket limitou-se a cantar (o que não é tarefa fácil com aqueles tons para quem tem 56 nos de idade) e soltar beijinhos no ar. Faltou alegria, faltou entusiasmo, faltou reciprocidade de energia naquele mar de gente que cantava os seus imortalizados temas. Bem nórdico, como realmente o é, vi-o a andar de um lado para o outro no palco, sem interpretar efusivamente as músicas mais envolventes e sem conversar com os fãs, deixando esta importante tarefa para o tecladista Magne Furuholmen. O grupo estará em Fortaleza em 10 de Outubro e desejo que a postura seja diferente.

O segundo assunto, o mais comentado da noite de domingo foi o eclipse da Super Lua. Visto nitidamente no Brasil, o raro evento só acontece em cerca de 30 anos e alguns de nós já não vão vê-lo novamente. Aí está a emoção em poder presenciá-lo já que o último aconteceu em 1982 e o próximo está previsto para 2033. O céu da maioria das cidades brasileiras estava propenso a visualização do evento, sem nuvens e com baixa luminosidade artificial. Consegui ser um dos mortais a imortalizar o fenômeno mas tenciono vê-lo novamente, da próxima vez, em ambiente e companhia mais condizentes.


Muito bacana como a natureza consegue se manifestar nas mais variadas formas, nos lembrando que há algo muito superior acima de qualquer entendimento terreno. Não foi uma simples sombra da terra sobre a lua, foi um evento que pôde nos alertar do quão pequenos somos perante as manifestações divinas que transcende em muito as inspirações dos apaixonados, deixando por hora a poesia de lado e nos incentivando a sermos mais humildes, mais humanos.

Se você acha que a situação do Brasil está boa, que a saúde pública, a educação, a segurança, a economia, a lealdade do governo para com os cidadãos e a moralidade política vão bem, eu respeito a sua opinião e digo mais, parabéns, a sua vida está num patamar acima da maioria dos cidadãos brasileiros.

Agora, atente para um segredinho: Respeite quem pense diferente de você! Todos temos visões e pensamentos distintos e por vezes, com evidências que justifiquem, até mudamos o modo de ver as coisas. Exatamente por isso, a intolerância deve ser posta de lado já que a diversidade de opiniões é um dos pilares da democracia.

Pensar diferente e expor as nossas ideias e pensamentos é saudável. Aceitar e respeitar aqueles que não concordam com você é sabedoria. Concorde e discorde; opine e aceite opiniões; debata sem ofender aqueles que possuem os mesmos direitos que você neste Brasil Democrático.

Quem não concorda com a situação atual do país, tem todo o direito de se manifestar, de clamar por um país melhor, de exigir moralidade política e principalmente, de ser respeitado por se utilizar deste direito de forma responsável e dentro da legalidade. Um conceito tão básico de democracia que está sendo combatido justamente por quem a defende para o lado oposto. Estes, ainda não perceberam que a democracia é uma conquista comum, um direito para todos, sem exceção.

Já deixei claro que NÃO tenho simpatia pelo PT, pela Dilma, Lula e por uma cambada de políticos que anda por aí afirmando que salvou o Brasil do buraco. Desculpa mas o buraco aí está, cada vez mais fundo e cabendo cada vez mais gente, desta cambada e de outras mais.

Apesar de considerar a Dilma uma péssima Presidente da República, despreparada e completamente alienada aos reais problemas que o país vem enfrentando, sou contra todos os movimentos que existem visando o seu eventual Impeachment sem que haja provas concretas que o justifiquem.

Considero que tirar a Presidente do poder na base do grito e a todo custo é uma manobra desleal e antidemocrática que agravaria ainda mais a crise política que o país está a passar. Pensem bem: acontecendo um impeachment da Presidente, as opções atuais para o cargo seriam Michel Temer, Eduardo Cunha ou Renan Calheiros. Credo!

Assim, a melhor solução é acabarem com o barulho, com a arruaça e trabalharem muito para que nas próximas eleições os senhores candidatos a um Brasil melhor consigam provar aos eleitores que têm a competência exigida para construírem um novo país, bem melhor e livre da corrupção, se é que este último seja possível.

O médico, de forma covarde, assassinado por um "de menor" no Rio, trabalhava em hospital universitário, atendia os pobres e acreditava na educação médica de qualidade como instrumento na melhoria da vida das pessoas.

Morreu por desafiar a realidade, a inversão dos fatos, onde criminoso sempre é tratado como vítima.
Dr Jaime não terá cruzes simbólicas a sua morte colocada na praia de Copacabana, como houve para lembrar a morte de bandidos em penitenciárias.

A vida de um homem é constituída por pilares, pilares de sustentação. Quando a vida começa, este pilares são firmes, fortes e alicerçam o caminho a ser seguido, nos protegendo do tempestuoso usufruto da vida. Durante o percurso, naturalmente novos pilares são formados, fortalecendo o caminhar em cada estágio do processo. Com o tempo, o desgaste dos pilares mais antigos se torna visível apesar da sustentação continuar imponente e inabalável mesmo que alguns dos pilares mais novos terão sido substituídos por conta das mudanças ocasionais que a vida proporciona.

Estes pilares, por fora, parecem apenas desgastados pelo tempo e não fazemos ideia do eventual estrago interior que debilita a sua existência mas nunca comprometendo a sustentação. Quanto mais se debilitam, mais energia é necessária para continuarem de pé e assim, vão se deteriorando a cada dia. Quando um destes pilares desmorona, uma parte de nós também vai a baixo, desestruturando toda a edificação construída ao longo dos anos. O mais trágico é que estes pilares são insubstituíveis e mesmo com a nossa consciência do seu desgaste, o que levará a uma queda iminente, desejamos mantê-lo ali, mesmo que não proporcione mais alguma sustentação, mas que a sua frágil existência permaneça, nos deixando felizes e confortáveis.

No domingo, perdemos um dos nossos pilares, o mais antigo o mais debilitado; ruiu. Este pilar (o da esquerda), era uma das principais edificações da família, a pedra fundamental. Mas de acordo com as regras gerais da vida, tinha que ir. Se foi, ruiu. E com ela, diversas edificações se abalaram e procuram agora a sustentação nos outros pilares, erguidos ao longo da vida. Estes, nos sustentarão até que outros pilares se deteriorem e nos venham a abalar novamente, até que sejamos nós, os pilares a abalar a sustentação de outros.

É um ciclo normal, que nunca acaba mas que deixa marcas na nossa existência, são marcas da vida. Todos somos marcados por ela mas também somos marcados pelo amor, pelo carinho e pela edificação da nossa personalidade, proporcionados pelos nossos pilares de sustentação. Pilares eternizados em nossos corações. Este, Maria Fernandes de Sousa, a Dona Neném, o nosso Pilar-mor, nos deixou no domingo 22 de Março de 2015. Onde estiver, estará ainda nos abençoando com as suas preces de sustentação, as mesmas das épocas de pilar.