Licença, por favor, obrigado..

Posted: quinta-feira, 16 de abril de 2009 by Cláudio Canadá in
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Chegando de Paris na última segunda-feira num "animadíssimo" voo da TAP, constatei que a educação de alguns dos meus conterrâneos anda a passar por debaixo da mesa. Sinceramente, as vezes tenho até vergonha de algumas atitudes que cada vez mais me fazem pensar em como estas pessoas agem nas suas rotinas diárias, como pro exemplo, no trabalho, na rua e principalmente no trato com a família e amigos.

Falatório debochado para toda a gente ouvir, reclamações dos procedimentos normais e legais nos países em que visitam são algumas das cenas inusitadas que presenciei neste voo. Mas houve particularmente duas em que a minha admiração negativa foi aos extremos:

1. Uma comissária de bordo servia o tão esperado lanche empurrando o seu carrinho, quando uma conterrânea descaradamente agarrou uma garrafa de sumo para se servir. Foi repreendida classicamente pela comissária que lhe disse que se precisasse de alguma coisa, "era só pedir". Para o meu espanto, a conterrânea lhe respondeu com a maior das caras feias e não querendo mais nada durante o voo. Melhor, assim sobra mais para os outros.

2. A minha colega viajava na fileira ao lado quando, no momento permitido, deitou a poltrona, para a fúria de uma senhora que vinha logo atrás. Esta, batia-lhe no assento, reclamava e penso que perdeu mais uns 5 anos da sua vida naqueles gestos. É que, se existe um botão na poltrona que faz com que ela deite, então é porque a função dele é justamente esta. Não sei como a minha colega não lhe deu o que ela merecia; acho que era o sono.

Eu sei que as pessoas andam stressadas e isso é a doença do século, depois da AIDS. Mas creio que a educação e os brandos costumes é que fazem a índole do ser humano. Se não estamos preparados para enfrentar os desafios aos desbravar novos caminhos, outros países e culturas, o melhor é ficarmos em casa, onde podemos estipular as nossas leis e sermos os donos do pedaço.

A fé é de cada um

Posted: sexta-feira, 10 de abril de 2009 by Cláudio Canadá in
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Respeitando todas as religiões, as posições distintas de cada um e principalmente a fé que cada indivíduo possui dentro de si, estranho muito a posição de alguns evangélicos ao se depararem com a Igreja e a fé daqueles que são crentes ao catolicismo. É que choca-me as coisas que ouço porque quem tem fé em Deus, tem amor no coração. Mas ao contrário disso, observo raiva, críticas e desrespeito a fé e crenças do próximo.

Alguns dias com uma conhecida amiga evangélica, a qual respeito a posição crente, fiquei intrigado com toda aquela "revolta" contra quem tem as suas preferências de fé e prática de oração. Sou católico e espiritualista assumido mas não praticante. Nas missas em que estive, observava cada detalhe na celebração da Eucaristia e gostava (e gosto) de ali estar pois é um momento de reflexão, oração e ligação do nosso espírito com Deus.

Já estive em reuniões evangélicas, onde também esta ligação com o Pai Eterno é evidente mas como católico e bom observador, sentia-me ferido com algumas palavras onde se alimentavam as críticas a igreja católica e aos seus seguidores. Estranhava porque numa missa, os padres não comentam as atitudes das igrejas evangélicas bem como as suas práticas. Mas ficava indignado ao sentir o bombardeamento contra a fé dos católicos, contra as suas opções, contra aquilo que sentem na alma.

Se Deus nos deu o livre arbítrio, somos nós próprios a decidirmos o que ou a quem seguir. O mais importante não é qual igreja que seguimos mas sim, aquilo que fazemos nas nossas vidas, as palavras que proferimos e com o que alimentamos os nossos corações, se é amor, uma dádiva divina ou se é raiva, ódio e repúdio daqueles que seguem aquilo que não consideramos correcto.

Não quero abrir precedentes para uma discussão sobre religiões, mas condeno tudo o que vai contra a fé de cada um. Deus é amor, é vida. Se assim não pensarmos, vamos a caminho da tão falada guerra santa, onde o homem matará o homem por causa da sua intransigência, da falta de respeito e da relutância em aceitar o próximo, o seu irmão.

Roma, sinónimo de fé

Posted: by Cláudio Canadá in
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Nesta recente viagem á Roma, estive mais uma vez apreciando não só os monumentos e as ruínas do império Romano mas como também fazendo algumas visitas a algumas igrejas fantásticas na cidade. São igrejas imperiosas, maravilhas da arquitectura e portadoras de algumas das mais belas obras de arte alguma vez criadas pelo homem.

Estive em muitas delas e noutras que já conhecia mas chamou-me a atenção em especial a Igreja das Escadas Santas. Tem lá as escadas que, de acordo com as informações, são aquelas em que Jesus Cristo subiu de joelhos, carregando a cruz as costas. Foi trazida de Jerusalém para Roma e até hoje lá está, revestida com tábuas de madeira, evitando assim a sua degradação já que têm mais de 2.000 anos.

Nesta época do ano, estar em Roma seria "ouro sobre azul" mas os compromissos em Lisboa me impedem de aproveitar a Páscoa na capital mãe da Igreja mas os 3 dias em que lá estive, fez-me viver um pouco desta quadra e sentir a ambiência que por si, já é um momento de reflexão e paz de espírito. Gostaria muito de compartilhar com os amigos tudo aquilo que vi. Por exemplo, a visita a Praça de São Pedro com alguns momentos dentro da basílica, apreciando as obras de arte que ali estão e toda a sua história.

Para quem não pode ter acesso a tudo isto, pode muito bem fazer uma visita virtual na net. Entre muitos, o do Vaticano é imperdível: http://mv.vatican.va/4_ES/pages/MV_Home.html

6a feira Santa: O que é..

Posted: by Cláudio Canadá in
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Sexta-feira Santa, dia em que os cristãos celebram a Paixão e Morte de Jesus. É só também na Igreja Católica Apostólica Romana que se verifica a prática da reconstituição dos últimos passos de Cristo através da Via Sacra. Nas igrejas evangélicas, a Sexta-Feira é dia de reflexão sobre o sacrifício de Jesus, mas o dia é ligado à Ressurreição.

Para a Igreja Católica, é dia de luto, que se inicia com a celebração da Paixão e adoração da cruz, após o que se realiza a Via Sacra ou Caminho da Cruz. Segundo a lenda, Maria, mãe de Jesus, terá percorrido, nos primeiros anos do cristianismo, por várias vezes, o caminho que Cristo fez entre a casa do prefeito romano Pôncio Pilatos até ao Calvário, devoção que terá sido adoptada pelos peregrinos que visitavam Jerusalém.

Esta devoção foi posteriormente espalhada por todo o mundo, tendo o papa Bento XIV, no século XVIII, dado forma final à Via Sacra, estabelecendo as 14 estações em que se encontra actualmente dividida. À Via Sacra segue-se a Procissão do Enterro do Senhor, tradição revivida em muitos países.

Ao longo da Quaresma, mas muito especialmente em Sexta-feira Santa, realiza-se pelo país fora a Procissão do Senhor dos Passos, recriando a paixão e morte de Cristo, muitas vezes associada à procissão do Encontro, que recorda o momento em que Maria, mãe de Jesus, se encontrou com Cristo no Calvário.

A Sexta-feira Santa é o segundo dos dois dias do ano em que a Igreja Católica torna obrigatório o jejum (o outro é Quarta-feira de Cinzas). De acordo com as normas, o jejum, na sua forma tradicional, significa que se deve limitar a alimentação a uma refeição, permitindo-se, contudo, a ingestão de alimentos ligeiros às horas das outras refeições e o não consumo de carne vermelha.

O Tríduo Pascal, iniciado na Quinta-Feira Santa, tem sábado o seu apogeu com a Vigília Pascal, terminando com as vésperas do Domingo de Páscoa. O tempo pascal continua até à celebração do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa.

Regresso das férias tremidas

Posted: by Cláudio Canadá in
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Cheguei ontem das mini-férias... estive no epicentro das fontes de notícias da última semana. Cheguei a Roma na segunda-feira pela manhã e deparei-me com as notícias dos terremotos em Áquila, região de Abruzzos, bem próxima a capital italiana. Vi uma população aterrorizada e ainda chocada com a tragédia que se abateu na pequena província e ainda sentida por alguns romanos.

É que desembarquei na capital no mesmo dia dos desastres e as notícias chegavam a todos naquele exacto momento, por volta das 9h da manhã. Como todos foram apanhados de surpresa, o dia em Roma estava confuso e complicado para se chegar a certos destinos. Os principais monumentos, ruínas da era imperial romana, estavam condicionados. O famoso Colisseo estava condicionado e as visitas eram mais controladas por questões de segurança.

Para se ter ideia até do ridículo de algumas pessoas, paparazzi estavam de prontidão, a espera que alguns daqueles monumentos perdessem ao menos uma pedra com os tremores. Cheguei a sentir uma réplica na quarta-feira, até assustei-me. Sabendo de todo o problema, não seria de admirar o sentimento de pânico que circulava pelas veias.

Fora o sentimento de luto que predomina estes dias em Itália onde quase 300 pessoas desapareceram, Roma continua espectacular, linda e histórica como sempre. Mas fica aqui o registo de pêsames às famílias que perderam os seus entes queridos.

Férias

Posted: quinta-feira, 2 de abril de 2009 by Cláudio Canadá in
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Recebi hoje em Lisboa uma grande amiga, Natália Varela, empresária e conceituada jornalista da TV Diário de Fortaleza. Veio desfrutar de merecidas férias na Europa onde terá como destinos principais Madrid e Barcelona.

É sempre uma alegria receber amigos de tantos anos neste país de Camões... Carlos Augusto, Paulinho Leme, Luis Cruz, Raimundo Macedo e Lustosa da Costa foram alguns que me deram o prazer da visita. A minha querida Monaliza, depois de Paris, ilha Terceira e a Cantábria espanhola, preferiu voltar no fim do ano mas para fazer um destino diferente: Marrocos!

Cá estarei a espera da amada para um bom Natal e férias merecidas.