Quanto ao Orçamento de Estado, aprovado na última semana com medidas de austeridades nunca vistas, o Governo fala em cortes nas despesas (mas não dizem quais, para além da decisão "fácil" de reduzir os salários dos ditos "funcionários públicos"...), e aumentos de impostos (a pagar pelo "Zé povinho").
Não se ouviu foi nenhum governante falar em:
- Redução drástica do número de deputados da Assembleia da República, bem como dos seus gabinetes, e profissionalizá-los como no estrangeiro. (A esmagadora maioria dos deputados é dispensável... As finanças portuguesas só ganhariam com isso e o país nem daria pela falta deles!).
- Reforma e redução drástica das mordomias vigentes na Assembleia da República (como almoços com digestivos a ¤ 1,50. Equiparar as regalias dos deputados portugueses por, exemplo, às dos deputados do Reino Unido e/ou da Suécia. E eles são ricos, nós não!...).
- Acabar com os milhares de Institutos públicos que não servem para nada e têm funcionários e administradores (nomeados pelo poder político) muito bem pagos - à custa dos contribuintes - e, por vezes, com 2º ou 3º emprego.
- Acabar com as parcerias público-privadas que tão caro custam aos contribuintes, com as sucessivas "derrapagens" que ascendem a milhões e milhões de euros, anualmente.
- Acabar com a "promiscuidade" entre a esfera política (ou seja, os políticos) e o mundo dos negócios/empresas.
- Acabar com a atribuição de verbas, dos impostos pagos pelos contribuintes, para fundações privadas, por exemplo Fundação Saramago, Fundação Mário Soares, etc. (Se um privado decide criar uma fundação com o seu nome, ele próprio que a financie com o seu dinheiro, não à custa dos contribuintes!)
- Acabar com as empresas municipais, com administradores que auferem milhares de euros mês, que não servem para nada.
- Privatizar os canais públicos de televisão, nomeadamente a RTP, que são um autêntico sorvedouro de dinheiros públicos, com administradores e jornalistas (pagos pelo erário público) a ganharem mais que o Presidente da República.
- Disciplinar e repensar o modelo de funcionamento e de financiamento de organismos como a CP, TAP e outras empresas com capitais maioritariamente do Estado que, anualmente, dão milhões e milhões de prejuízo. (Se só dão prejuízo, ano após ano, privatizem-se e seguramente passarão a dar lucros!... Ou o poder político só opta por privatizar o que dá lucro?!...)
- Redução drástica do número das Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia e acabar com o pagamento de ¤ 200, por presença, a cada pessoa que comparece às reuniões das Câmaras e ¤ 75 nas Juntas de Freguesia. (Não fazem mais do que o dever deles!... Imaginem se cada trabalhador português, para além do salário, ainda ganhasse uns "dinheiritos" por ter que se apresentar no local de trabalho!...)
- Acabar com o financiamento aos Partidos políticos.
- Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, etc, de inúmeros organismos públicos, incluindo as Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam, em uso particular, pelo país..
- Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia. (Viaturas do Estado, só para deslocações em serviço!)
- Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros e inserir chapas de identificação em todos os carros do Estado.
- Acabar com o vaivém semanal dos deputados da Assembleia da República, inclusive os dos Açores e Madeira, e respectivas estadias em Lisboa em hotéis cinco estrelas. (Se não são de Lisboa, arranjem casa na referida cidade. É o que fazem os restantes cidadãos que,quando são deslocados para outro local, por razões laborais, têm que "se virar": ou arrendam casa na terra onde são colocados ou se deslocam diariamente, à sua própria custa, entre o local de trabalho e local onde vivem. Veja-se o exemplo elucidativo dos professores, sempre de um lado para o outro, sem nunca saberem onde irão ser colocados. E ninguém lhes paga hotel, casa ou despesas com as deslocações!...)
- Controlar a assiduidade do pessoal de todos os organismos, centrais, locais, regionais, etc., que são pagos pelo erário público.
- Acabar com os milhares de pareceres jurídicos e/ou técnicos, caríssimos, encomendados por entidades públicas a firmas privadas, sejam elas de advogados ou outras. (Os especialistas/técnicos das diferentes áreas técnicas e científicas, bem como os juristas, que fazem parte dos quadros do Estado são mais do que suficientes e capazes de executarem tal tarefa, por uma ninharia - que é o que lhes pagam!...)
- Acabar com acumulação de várias reformas por pessoa, quer do aparelho de Estado, quer no sector privado. (Se o comum dos mortais tem que trabalhar 40 anos e, no mínimo, até aos 65 anos de idade, para ter direito a uma reforma, este princípio deve ser aplicado a todos sem excepção).
- Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos (saídos dos impostos pagos pelos contribuintes) ao BPN e BPP.
- Acabar com festas/eventos festivos pagos pelo Estado, bem como com outras despesas supérfluas, em época de "vacas magras", e contenção/moderação, mesmo em períodos de desafogo. (A família real britânica, por exemplo, decidiu não promover quaisquer festividades no Natal).
Assim, poderemos sair do buraco negro em que nos meteram e de onde não se vê qualquer raio de luz, por mais ténue que seja... Já estamos cansados!... Se o poder político continuar “cego”, "autista" e “egoísta” e não optar por rever todo o sistema vigente, que está podre, a situação, de tão tensa e explosiva que está, acaba por rebentar.
Autor desconhecido