Li no site da agência Lusa, a respeito dos protestos dos auto intitulados defensores do Estado laico em Espanha onde se critica a “riqueza” da viagem de Bento XVI a Madrid “quando milhões morrem de fome no mundo”. Entre os participantes contavam-se pessoas com a bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade homossexual e até pelo menos um cura, representante das Redes Cristãs, uma das organizações que critica os gastos excessivos da visita de Bento XVI. Os manifestantes acreditam que há um gasto exagerado nesta visita do chefe de estado do Vaticano. Vi também que as imagens do protesto estão a ser distribuídas pelas redes sociais com esta indignação espanhola.

Analisemos pelo seguinte parâmetro: os manifestantes estão revoltados porque o governo eventualmente vai gastar muitos euros dos contribuintes com a visita do Papa a Madrid. Para estes, o dinheiro é mal gasto. Vejam bem, o que está em questão aqui não é o suposto gasto excessivo com esta deslocação do líder da Igreja mas sim, o movimento contra a própria Igreja. Vi também que o movimento tem a participação de ateus e alguns evangélicos radicais que na sua maioria, abomina a Igreja Católica e prega o desrespeito e a desordem como forma de protesto.

Entretanto, há dinheiro para irem a bares e discotecas e todos os tipos de diversão noturna mas não para apoiar a visita de um homem que prega a palavra de Deus, priorizando o amor e o respeito entre as religiões e as nações. Na minha última visita a Madrid, andei pelas ruas a noite e observei que as entradas das casas de strip-tease estavam abarrotadas, os bares e pubs completamente cheios e a pessoas só estavam preocupadas com a curtição da vida, as suas prioridades que as tornam vazias. Nesta hora, ninguém lembra dos desempregados, das famílias necessitadas ou dos menos favorecidos…

Assim, vejo que estes ataques violentos a quem apoia a visita do Papa a Espanha servem apenas para mostrar o quão distante o homem está da paz, do respeito ao próximo e ao seu livre arbítrio… de Deus. Apoiem sim os desempregados e as famílias carentes mas apoiem também as boas relações entre os representantes de Deus perante os homens. A paz e o amor devem ser promovidos entre os povos, independente das suas crenças e afinidades. Não é desta forma que estes manifestantes vão supostamente criar um mundo melhor para os seus filhos. O essencial da vida é a fé, o amor e o respeito ao próximo.