E é Carnaval...
Posted: sábado, 18 de fevereiro de 2012 by Cláudio Canadá inComeçou o Carnaval no Brasil, festa danada... Acontece de tudo e mais alguma coisa. Eu, particularmente, não gosto. Nem no Brasil, nem em lugar algum. O mais engraçado é que por várias ocasiões, fui criticado até pela minha família por não gostar desta festa "dos diabos". Já agora, falando em "diabos", se você parar um pouquinho e fizer uma análise básica do Carnaval, vai descobrir que realmente, a conotação está correta. Vamos lá:
Durante o período carnavalesco estes registros disparam:
1. Ingestão desenfreada de álcool (item básico no Carnaval).
2. Consumo e tráfico de drogas (item adicional).
3. "Ficação" descontrolada (gente que fica com um (a) e com outro (a) sem ao menos saber quem é.. itens 1 e 2).
4. Roubos e assaltos dos mais variados tipos (praxe comum no período).
5. Assassinatos e mortes pelos motivos mais fúteis possíveis, principalmente por causa dos itens 1, 2 e 3.
6. Desentendimentos e brigas (citem-se os itens 1, 2 e 5).
7. Acidentes e brigas de trânsito (citem-se os itens 1 e 2).
8. Mortes nas estradas (citem-se os itens 1 e 2).
9. Sexo desenfreado e na sua maioria, irresponsável (citem-se os itens 1, 2 e 3).
10. Proliferação de doenças venéreas (citem-se os itens 1, 2, 3 e 9).
11. Gravidezes indesejadas (citem-se os itens 1, 2 e 9).
12. Arrependimento das asneiras cometidas no período (citem-se todos os itens anteriores).
Assim, deixem-me curtir a minha quadradice e relaxar ao som de boa música, televisão, filmes e um vinho gostoso, com a opção de livros e boa companhia. É tudo uma questão de gosto pois não critico quem curte a folia. É necessário apenas dizer que "quem está na chuva, pode se molhar".
Bom Carnaval a todos!
Imaginem, por Mário Crespo
Posted: quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 by Cláudio Canadá inImaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar.
Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal.
Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos...
Frio e neve na Europa
Posted: terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 by Cláudio Canadá inTodos os anos é a mesma coisa: no meio do inverno europeu, o mundo fica perplexo com o frio e toda a neve que assola o continente. Entendam: é a altura do inverno, do frio e da neve. Situação normalíssima para a época do ano e não sei onde está o drama... A única coisa que não consigo entender é, estando inseridos no "primeiro mundo", como é que os países daquele continente conseguem números tão altos de mortes por causa do frio...??? Este ano, o frio já provocou pelo menos 590 mortes nas últimas duas semanas. A situação mais grave é nos países do leste com as temperaturas baixíssimas e neve "no meio da canela".
O que não considero normal é a falta de apoio das autoridades para com as famílias mais carenciadas e aqueles que não têm onde se alojar. Aliás, faz-me muita confusão, em pleno século XXI, cidadãos morrerem de fome, de sede e de frio. Vivi por mais de uma década na Europa e acompanhei de perto o descaso destas mesmas autoridades com a chegada do inverno. Pouco fazem para protegerem os cidadãos das vagas de frio polar anunciadas antecipadamente pelos institutos de meteorologia. São raros os planos de contigência aplicados para estas situações que merecem maior atenção e sensibilidade dos órgãos locais.
Se nada fizerem, no próximo ano, as notícias serão as mesmas: "Frio rigoroso castiga a Europa e já provoca 'X' mortes". Entretanto, Lisboa é um exemplo para as demais cidades da Europa. Todos os anos a Câmara Municipal arma grandes tendas aquecidas e fornecem comida quente aos moradores de rua, devidamente acompanhados por profissionais da Segurança Social e entidades não governamentais (ONG's) para, pelo menos nas noites mais frias, os cidadãos menos favorecidos possam obter alguma protecção e conforto.
Uma iniciativa que deve ser seguida nos países mais afectados por estas vagas de frio polar com o apoio incondicional da Comunidade Europeia. Pensem nisso..
Toma lá, dá cá...
Posted: segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012 by Cláudio Canadá inEstive lendo na semana passada que Brasil passará a fazer exigências mais duras para a entrada de turistas espanhóis, utilizando o chamado princípio da reciprocidade. Assim, a partir de Abril, os visitantes terão de apresentar comprovantes de reservas de hotéis, passagens de ida e volta e provar que têm recursos para se manter no Brasil. A exigência é pelo menos R$ 170,00 por dia por pessoa, o equivalente a cerca de 80,00 euros.
É que estas exigências são as mesmas feitas pela Espanha aos brasileiros que lá desembarcam e incluem a necessidade de um passaporte com pelo menos seis meses de validade. Os que não vão se hospedar em hotéis terão de apresentar carta-convite de quem os receberá. O problema é antigo. Em Portugal também faz severas exigências aos turistas brasileiros, tendo como princípio, "a cara da pessoa". Já recebi muitos colegas e amigos em Portugal e nunca lhes foram exigidos tais pressupostos para entrada no país. Acho mesmo que tem a ver com a imagem que o visitante passa para o oficial do Serviço de Imigração.
Existe um exagero por parte das autoridades na triagem de visitantes, se é assim que podemos chamar. É verdade que é importante cuidarem do problema da imigração desenfreada, da entrada de cidadãos suspeitos; há a necessidade de controle sim mas também de respeito pela dignidade humana. Por vezes, excedem-se com o rigor das suspeitas e acabam por infringir aquilo a que chamamos de decência. Sei bem que o principal motivo é evitar que mais imigrantes tentem ingressar no país a procura de trabalho, o que consecutivamente, aumenta o número de ilegais residentes. Esta triagem é uma solução encontrada para combater o problema da imigração.
Mas agora vão provar do sabor do constrangimento sentido por muitos brasileiros que tentam entrar na Europa, principalmente com o objectivo de fazer turismo. O Brasil sempre tratou bem os estrangeiros; nunca houve este tipo de exigência inicial. Mas agora, lição aprendida e como país emergente, com a economia invejada por outras nações, muitos "gringos" estão focando o Brasil como a "menina dos olhos" para fugirem da crise. Que façam também com outros estrangeiros, não só com os espanhóis.
E que sejam bem vindos.
Dá para acreditar?
Posted: domingo, 12 de fevereiro de 2012 by Cláudio Canadá inProfissional ímpar? Nonato Albuquerque!
Posted: sábado, 11 de fevereiro de 2012 by Cláudio Canadá inQuis deixar por vários dias em destaque, a minha homenagem ao amigo Pedro Virgínio, que nos deixou no mês de Janeiro, provocando uma onda de consternação na imprensa cearense e aos amigos do automobilismo. Foi proposital este meu "desaparecimento" do blog mas como a vida continua, cá estamos nós, no batente e com muita vontade de escrever, falar...
O mês de Fevereiro já vai pelo seu meio, mostrando que este ano terá uma rápida passagem. Será mesmo assim depois dos 40? Mas ele também trará boas notícias, novidades e alegrias, é o que eu desejo. Quanto a mim, faltam pequenos detalhes para anunciar o retorno "ao ar". Na última sexta-feira, depois de um bate-papo agradável nos stúdios da AM do Povo/CBN com o grande ícone Nonato Albuquerque, este já anunciou no seu blog GENTE DE MÍDIA as minhas humildes pretensões o qual me senti lisonjeado por ser referenciado por aquele grande jornalista.
Aliás, Nonato Albuquerque sempre foi o meu ídolo, modelo de profissional que deve ser "imitado" e tido como um exemplo, não só pela voz maravilhosa e talento inquestionáveis mas também pela sua decência e caráter ímpares na imprensa cearense. Orgulho-me em tê-lo como amigo e colega, mesmo em emissoras diferentes.
Um dia, hei de tê-lo como colega de trabalho na mesma sintonia para poder aprender mais com as suas qualidades e ainda partilhar das suas experiências jornalísticas. Afinal, não tenho dúvidas de que, quem conhece o Nonato compartilha das mesmas opiniões. Vamos ver se um dia ele ainda fica "verdinho" para que possa expandir ainda mais estas qualidades e fazer a alegria também de novos auditórios.