Estamos a viver dias difíceis, momentos delicados e a tranquilidade das famílias tornou-se praticamente inalcansável (para algumas). Há de se procurar culpados, é sempre assim. Assim sendo, apontamos logo o dedo ao governo, claro. A culpa é sempre do governo! As pessoas não querem trabalho, querem emprego, fácil e bem remunerado mas a culpa é do governo. Opá, não me venham com coisas! Estou farto de andar por aí e ver diversos estabelecimentos com os dizeres nas suas montras: EMPREGADO (A), PRECISA-SE!

O conformismo está presente nas nossas vidas onde a falta de acção leva à ruína. Anda toda a gente a dizer que o governo devia ter projectos para a boa divisão da riqueza. É muito fácil proferir tais comentários e ficar sentado com o rabo quente a espera de um milagre. Lembro-me bem de uma frase de Adrian Rogers (1931):

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de acções que punam os mais afortunados pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, obriga a que outra pessoa deva trabalhar sem receber. O governo não pode "dar" a alguém aquilo que tira a outro alguém. Quando metade de uma população começa a entender a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustenta-la, e quando esta outra metade entende que não vale a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Mas se a nação for à baixo, a culpa será sempre do governo. E viva a democracia!