Portugal, vivendo e aprendendo
Posted: segunda-feira, 25 de julho de 2011 by Cláudio Canadá inSão muitos os dias sem postar e sinto mesmo falta mas a conclusão de um Mestrado tomou conta dos meus pensamentos nas últimas semanas e tem sido um martírio satisfazer as exigências dos meus docentes, sedentos pelos mínimos deslizes que por ventura possam surgir nos trabalhos de investigação solicitados... esta é a vida de um discente dedicado... que assim seja, até que gosto da pressão.
Peco pela falta de tempo já que, escrever e postar é um dos afazeres o qual gosto de dedicar uma boa parte do meu dia. Assim, vamos agora actualizando as nossas conversas para que possamos voltar a interagir como deve ser. Bem, no Brasil poucos sabem mas o governo mudou em Portugal, como eu já havia referido num post anterior. Tenho vindo a acompanhar o desenrolar desta nova gestão e observado as mais diversas posturas de quem antes era oposição e agora está no poder. É de rir e chorar por mais... (pouquinho de humor negro que as vezes é necessário).
Um pequeno exemplo vem da parte do Sr. Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Quando o governo era PS, ao mesmo tempo que a austeridade era lançada no país, vimos e ouvimos constantemente a sua indignação ao pedir daquele governo que não exigisse mais sacrifícios aos portugueses. Engraçado isso... o governo agora é PSD e após o anúncio das maiores austeridades jamais impostas e ainda, o corte de parte do subsídio de Natal dos trabalhadores, o que ouvimos foi o antigo professor dizer que acredita em dias melhores. Mas, Senhor Cavaco, já viu o tamanho deste sacrifício imposto aos Portugueses????
A verdade é que a política é mesmo assim, cretina como aqueles que a fazem. Mais sacrifícios serão impostos e vamos observar o mesmo discurso sorridente do Presidente da República que, até o momento, não solicitou ao actual governo nenhum tipo de "suavidade" naquilo que vai impor aos cidadãos. Preparem-se para o pior pois este governo ainda não se encontrou e se isso vier a acontecer, vai demorar e doer muito até lá.
Antes que eu me esqueça, o Dr. Fernando Nobre, há duas semanas, deixou o malogrado cargo de deputado da assembleia, saindo explicitamente pela porta de trás, numa zaragata política conduzida por um partido que não estava minimamente preparado para assumir o poder. É o que temos de momento... com o direito de calar, sacrificar-se e esperar por melhores dias, assim como o Presidente da República que mais parece a Alice no país das Maravilhas.