O carro nacional é que é...

Posted: quinta-feira, 16 de agosto de 2012 by Cláudio Canadá in
0

Não foi com surpresa que li nos últimos dias que os americanos acham que os brasileiros estão sendo enganados pelo mercado dos automóveis. A citação fala a respeito do lançamento do novo Cherokee no Brasil que vem com valores muito além do que deveriam ser praticados já que nos EUA, o preço desta máquina está praticamente 60% a menos. Mas aí entra aquela velha história: o carro é importado e o seu preço paga quem quer e quem puder. Não é por aí que devemos analisar a situação.

Vamos pensar no carro nacional? Agora sim, eu afirmo: Estamos sendo roubados! Se pensarmos num exemplo básico como o novo Fiat Uno, chegaremos a triste conclusão de que somos um povo estúpido e que gosta de ser enganado. O carro é feio, quase todo de plástico e com uma mecânica rasca ultrapassada. Levemos em consideração alguns itens "de luxo" que o brinquedo poderá ter: ar condicionado, vidros elétricos, trava, direção hidráulica assistida, air bags, freios ABS, bancos em couro, rádio com leitor de mp3 e mais alguns pequenos dispositivos que não vêm de série. Para além do valor básico, você terá que pagar caro por todos estes itens opcionais. Na Europa, são itens de série em quase 100% dos veículos...

Vamos então melhorar o modelo básico? Vamos comprar o Uno com ar condicionado e trava. Pronto! Fica faltando "apenas" os outros itens. Preço? Em torno de 31 mil reais. 31 mil reais por um Fiat Uno, básico com ar condicionado. Há quem pague, há quem goste de brinquedos caros. Há quem goste de ser enganado...

O carro nacional hoje é um equipamento com pouca vida útil, equipamento frágil e preparado para dar lucro as montadores e as concessionárias com a venda de peças e manutenção constante. Estes automóveis atuais são empurrados no mercado como se fossem artigos de luxo sendo que, são fabricados como bolos, de forma fácil, rápida e com prazo de validade. São frágeis e necessitam de muita atenção já que a vida útil é de 4 anos, conforme comentários de "engenheiros" especializados em sucatas. Depois disso, é "amarrar as almas" e torcer para conseguir trocar por um novo.

Resumindo, equipamento caro, frágil e descartável e nós, autênticos imbecis, só que imbecis com carro novo.

0 comentários: