17 anos depois, o Hotmail chegou ao fim. A migração para o Outlook já tinha sido anunciada há vários meses e de lá para cá, tem-se desenrolado uma fase de testes, mas só esta terça-feira se concretizou a mudança definitiva. A passagem das contas dos utilizadores para o novo endereço (www.outlook.com) é feita de forma automática, sem afetar senhas, contatos ou mensagens. Podem manter-se as terminações @hotmail ou @msn mas será também possível alterá-la(s) para @outlook.com.

Desde que anunciou as mudanças, a Microsoft já contabilizou 60 milhões de novas contas, segundo um comunicado citado pelo «Business Insider». Esta renovação traz outras novidades: Através do Outlook, os utilizadores poderão conectar-se ao Facebook, Linkedin, Twitter e Skype. De acordo com o comunicado, o serviço também está projetado «para tornar mais fácil o envio de centenas de fotos e vídeos numa única mensagem». Os utilizadores podem recorrer ao Skydrive, a cloud (nuvem) da empresa para o armazenamento de dados, com 7 GB de espaço gratuito. Têm também o Office Web para trabalhar à distância.

O Outlook tem também novos recursos para gerir o lixo eletrônico. São detectadas automaticamente mensagens do tipo boletins informativos, ofertas, promoções ou atualizações de estado nas redes sociais. São depois colocadas em pastas separadas. O novo visual é limpo e organizado, privilegiando o espaço em branco, que faz lembrar, de resto, as mudanças que a Google fez no Gmail. Os anúncios publicitários continuam a aparecer, claro, mas de forma mais discreta, numa coluna à direita do ecrã e em menor grau: menos 60% de anúncios do que antes. Esta aposta da Microsoft surge como uma tentativa de reverter as perdas de quota de mercado face ao rápido crescimento do Gmail do Google.

Outlook é um nome mais familiar para a maioria dos trabalhadores de empresas que já usavam esta ferramenta de e-mail do Office.