O fim de um "Chico-esperto"

Posted: quinta-feira, 12 de novembro de 2009 by Cláudio Canadá in
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São muitos os "Chico-espertos" que encontramos por aí. Seja no trânsito ou nos negócios do dia-a-dia, lá estão eles, sempre querendo levar vantagem em tudo e não permitindo o progresso dos demais. Por regra, agem com má fé, independentemente das consequências que venham a causar a sociedade. Os mais populares são os meus colegas juristas e advogados que tentam em todas as ocasiões, ter razão em tudo aquilo que dizem. Faz parte da profissão: a arte de ludibriar.

Hoje me veio à mente a historinha de um destes colegas, um advogado de Charlotte - EUA, que comprou uma caixa de charutos muito raros e obviamente, caros. Tão raros e caros que os colocou no seguro, contra fogo, entre outras coisas. Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, acreditem, o advogado entrou com um registo de sinistro contra a companhia de seguros.

Nesse registo, o advogado alegou que os charutos "haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios". A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: que o homem havia consumido os seus charutos da maneira usual. O advogado processou a companhia... E GANHOU!

Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia de seguros que a acção era frívola. Apesar disso, o juiz alegou que o advogado "tinha a posse de uma apólice da companhia na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e também que eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável" e que assim, ela estava obrigada a pagar o seguro. Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou US$ 15.000,00 ao advogado, pela perda dos seus charutos raros nos incêndios.

Agora a melhor parte: Depois que o advogado embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou e fez com que ele fosse preso, por 24 incêndios criminosos. Usando o próprio registo de sinistro e o testemunho do caso anterior, a seguradora agiu contra o Chico-esperto e o advogado foi condenado por incendiar intencionalmente propriedade segurada e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de US$ 24.000,00.

Haveria tratamento melhor?

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