Nestes próximos dias vamos notar uma certa ausência dos confrontos políticos nas sociedades portuguesas e brasileiras. Não tem nada a ver com a vinda do "bom velhinho" às terras lusas nem mesmo com a aproximação das celebrações anuais do 13 de Maio em Fátima, onde a Cova da Iria até treme com tanta gente e comércio.

Os motivos são aqueles costumeiros que fazem os mortais esquecerem tudo o que os cerca para dedicarem-se a uma paixão global: o futebol!

Convocadas as selecções portuguesa e brasileira para o mundial 2010 de futebol na África do Sul é momento dos treinadores de bancada, entendidos e os pseudo-especialistas do desporto entrarem em acção nos mais diversos cantos. Onde há gente, há o falatório já conhecido que o seleccionador deixou de fora Fulano, que convocou Sicrano e que definitivamente, não sabe nada de futebol.

Continuo a achar o futebol algo de fantástico... Alimenta o sonho e a imaginação das sociedades desviando-as dos seus caminhos normais e concebendo especialistas diversos nesta actividade tão lucrativa mas que pouquíssimos usufruem.

Está mais que provado que, o único que sabe e entende do assunto é o seleccionador. Recordem-se que Scolari foi chamado de burro quando não levou Romário ao mundial de 2002 e não deu ouvidos até mesmo ao então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Resultado: Campeão Mundial! "E o burro sou eu?"

Deixem o Dunga trabalhar pelo Brasil e o Queiroz por Portugal. Se são os responsáveis pelas selecções e fizeram as suas escolhas, devem saber mais do que ninguém os méritos e capacidades daqueles que vão defender os seus países no evento.

Concordando ou não, resta-nos torcer (e exigir) por exímios resultados...