Esta semana recebi uma chamada da minha operadora de telemóvel. Estão sempre a insistir que eu adira às suas novas tecnologias, nomeadamente às funcionalidades que foram criadas para ficarmos cada vez mais ligados aos telefones e computadores e consecutivamente, extrair mais algum dinheiro dos nossos bolsos. Quem gosta, que aproveite. Não critico.

Entretanto, sou daqueles que prefere a integração com as pessoas do que alienar-me ao telefone e esquecer que existe um mundo a minha à minha volta, a espera para ser usufruído. Gosto de conversar com as pessoas, olhá-las nos olhos, beber uns copitos, comer.. ui, como é bom sentar a mesa para beber, comer e conversar com as pessoas. Trocar ideias, partilhar conhecimentos e aprendizagem, viver! Tudo isso faz parte desta vida curta.

Dedicar o tempo as novas tecnologias faz parte também do nosso desenvolvimento humano, consecutivamente profissional. Mas, estar no meio das pessoas e dar atenção ao telefone é escolachar com os mortais que estão ao seu lado. Estar numa mesa para uma barrigada e dedicar-se ao telefone, é desprezar aqueles que não mediram esforços para te ter ali ao lado.

Posso dedicar-me às novas tecnologias quando estiver no trabalho, em casa ou sozinho quer onde esteja. "Sr Cláudio, quer aderir à campanha para ter 34 canais de TV no seu telemóvel?" ou "Sr. Cláudio, há uma excelente campanha para ter Internet no telemóvel, quer fazer parte deste selecto grupo de pessoas que estão conectadas com o mundo 24h"? são as perguntas mais comuns para meia dúzia de ofertas que criaram para nos convencer a sermos 'poderosos' com os nosso telefones.

É assim, televisão eu assisto em casa. Internet eu tenho em casa e no trabalho. Quero sim estar conectado, mas com as pessoas. Esta conversa de estar conectado com o mundo é conversa de quem procura cada vez mais assaltar mais alguns trocos, que na verdade não são meros trocos.

Era só o que me faltava, ver TV num pequeno ecran de telefone... Não, não tenho saco e muito menos disponibilidade para estas mariquices. Pessoas que não vivem 10 minutos sem um telemóvel são medíocres. E não me interessa se o seu telemóvel é melhor que o meu. Que seja, não ligo. O ar que respiramos é o mesmo e ambos precisamos dele para viver!