Foi apenas uma semana após o racha... Já temos a conciliação. As equipas da Fórmula 1 chegaram a um acordo com a Federação Internacional de Automobilismo nesta quarta-feira, em Paris, e assim desistiram de criar uma categoria paralela em 2010. O remendo responsável pela paz foi a decisão do presidente da FIA, Max Mosley, de não concorrer à reeleição no pleito de Outubro.

O conflito terminou na tarde desta quarta, durante a reunião do Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA. O encontro foi marcado para evitar a criação de uma categoria paralela por parte das escuderias, e o objectivo foi cumprido. Além da desistência de Mosley na próxima eleição, a FIA também cedeu na redução dos custos e propôs um reajuste mais suave, ao longo de dois anos. E já não era sem tempo.

Desta forma, no próximo ano, o campeonato mundial terá as mesmas dez equipes deste ano (Ferrari, McLaren, Renault, BMW, Toyota, Brawn, Red Bull, Toro Rosso, Williams e Force India) e mais as novatas Manor GP, Campos GP e USF1. será um grid com 26 carros; até aí considero espectacular! Tudo indica que o limite para o ano que vem será superior a $ 100 milhões de euros.

Só espero que não aconteça o mesmo o que aconteceu com a Super Aguri... ao longo do campeonato, as novas e pequenas equipas tenham que abandonar o grid por inviabilidade financeira. Já que o momento é de crise, tenho as minhas reservas de como é que as pequenas irão se segurar com os gastos do investimento na F1, que não são poucos.

O governo brasileiro decidiu reduzir a cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os automóveis zero km a partir de Dezembro e os carros ficaram mais baratos. Resultado: as vendas foram recuperadas e chegaram a registar, em 2009, um marco na história. Nos últimos dois meses, a média continuou bem acima da do final do ano passado.

O Ministério da Fazenda está a terminar os estudos sobre o que fazer com o IPI a partir de Julho. Mas, segundo uma fonte da equipe económica, uma decisão já está tomada. A redução do imposto para veículos não vai acabar de uma hora pra outra. A ideia é voltar a cobrar as alíquotas normais aos poucos, para diminuir um possível impacto negativo nas vendas.

Vejam só: Com o agravamento da crise económica, a venda dos automóveis despencou 26% entre Outubro e Novembro do ano passado. O que fez o governo brasileiro? Baixou o valor do imposto e as vendas dispararam. Resolvida parcialmente a crise no sector automóvel e a garantia dos postos de trabalho na industria. O que falta para Portugal e outros países seguirem no mesmo rumo?

Realmente o Brasil é o país do Futuro!

Não foi a toa que dediquei alguns minutos do meu cotidiano aos comentários sobre a polémica instalada na F1. A Associação das Equipas da F-1 anunciou na noite desta quinta-feira a criação de um campeonato paralelo na temporada 2010. Os representantes das escuderias informaram que não tiveram opção diante da insistência da FIA com relação às regras do próximo Mundial, principalmente sobre o novo tecto orçamental e vão mesmo deixar a F1.

Foram oito as equipas que se reuniram por mais de quatro horas na sede da Renault: Ferrari, McLaren, Brawn GP, Red Bull, Toro Rosso, BMW, Toyota e a dona da casa Renault. Por sua vez, a FIA culpa as "facções" internas dentro da FOTA pelo fracasso nas negociações de um acordo com relação as regras para o Mundial 2010.

O mais preocupado pela situação criada, Bernie Ecclestone, o homem-mor da F-1, responsável pelos direitos da categoria, pediu com urgência um acordo de paz entre a FIA e a FOTA já para este fim-de-semana o que poderá evitar a criação de um campeonato paralelo em 2010. Claro, com o campeonato paralelo, o senhor Ecclestone não receberia nada e ainda teria que arcar com responsabilidades junto aos investidores, patrocinadores e pessoal responsável pelo marketing directo e indirecto da F1.

São muitos milhões de dólares em jogo e alguém deverá ser introduzido na "cova dos leões" para uma tentativa de apaziguamento do conflito. Com certeza o GP da Inglaterra neste fim-de-semana estará em segundo plano. Eu ainda confio num acordo relâmpago. Há sempre quem diga que "mais vale um mau acordo que uma boa demanda".

vamos ver...

Não há acordo na F1 entre a FOTA (Associação das equipas da F-1) e a FIA (Federação Internacional do Automóvel) e de acordo com esta última, o tecto orçamentário de 40 milhões de libras será mantido para a temporada 2010. Os representantes financeiros das duas partes estiveram reunidos mas não conseguiram chegar a um acordo que agradasse a ambos.

Em um comunicado enviado a imprensa, a FIA declarou que não houve um acordo pela falta de preparo dos representantes das equipes alegando que eles não estavam preparados para discutir o regulamento e assim a reunião não poderia alcançar o seu objectivo visando encontrar uma posição comum. A FIA apontou a FOTA como a grande responsável pela falha em se conseguir um acordo sobre o futuro da F1, após ter revelado nesta segunda-feira que a situação estaria prestes a ser resolvida na última semana.

Deprimente e degradante espectáculo que estes senhores prioziram em vez de se preocuparem com o futuro da categoria. É óbvio que mudanças nas regras são aceitáveis, dentro dos limites da razoabilidade mas que alterações drásticas neste esporte de topo devem ser analisadas de forma a não alterarem o "significado" até do próprio nome da categoria trazendo equipas sem expressão e com a qualidade que a F1 exige.

Nota-se bem a pressão da Associação Europeia de Fabricantes de Carros. Esta declarou na última semana, que a Fórmula 1 precisa de uma mudança na sua administração. Segundo a organização, a maneira que o esporte tem sido liderado não pode continuar. Hoje, o piloto Mark Webber (Red Bull) escreveu na sua coluna, no site da emissora britânica BBC, que uma nova categoria no automobilismo seria interessante para os pilotos e afirmou total apoio a FOTA.

Será possível que, depois de todas estas manifestações de desagrado, a FIA não enxerga que a maior culpada desta crise é ela própria? Está na hora de deixarem de politiquices e trabalharem em prol do esporte antes que seja tarde demais e a F1 se torne numa categoria sem expressão, sem estrelas, sem publicidade, sem direitos televisivos, sem Ferrari, McLaren...

Muitos amigos e colegas me perguntam o porquê do meu fascínio desenfreado pela F1. A resposta é fácil: cada louco com a sua mania. Há mais: gostos não se discutem! Querem mais? O que seria do arco-íris se todos só gostassem do amarelo? Bem, acho que é apenas uma questão normal de gosto mesmo. Cada um gosta daquilo que gosta e defende como bem quer as suas posições.

Tem a ver com a minha actividade no passado enquanto radialista e jornalista na Rádio Verdes Mares em Fortaleza ao lado do Pedro Virgínio e do já falecido amigo Sérgio Moura. Também tem a ver com as minhas participações em algumas corridas de F. Ford e Turismo onde experimentei a emoção de pilotar alguns rápidos automóveis e aprender ainda mais sobre as corridas. Talvez ainda, pela falta de oportunidade de amadurecer a paixão pelo jornalismo automóvel que me corre nas veias.

Com a ascensão da Internet, hoje tenho a possibilidade de não só demonstrar a minha paixão pelo automobilismo como também a de comentar o meu desagrado relativo ao que este esporte tem estado a passar por causa da política. Sim, política! É sempre ela, a política que degenera o homem; a ambição do poder, de impor e de que os outros obedeçam. Dá prazer "mandar" e ser obedecido. Está na massa do "nosso" sangue a sensação de nos sentirmos poderosos principalmente quando o negócio envolve milhões e milhões de dólares.

Não liguem... É apenas um desabafo de um amigo que aprecia a coragem e perícia dos homens que põe as suas vidas em risco, pilotando máquinas a mais de 300km/h. Ganham muito dinheiro para isso, é verdade. Mas são estes que fazem a alegria dos que estão na arquibancada pagando para assistir aos duelos, ou em casa, acompanhando pela TV todos os momentos onde pilotos e máquinas desafiam a própria sorte em prol do espectáculo da velocidade.

São muitas as notícias e fofocas que marcaram esta semana que passou. Para além dos feriados em Portugal, o que foi muito bom para quem quis ir a praia, os tablóides serviram pratos cheios de de informações sobre o mundo desportivo e outras coisas mais importantes ficaram de lado. Apesar de acompanhar com muita tristeza as actualizações sobre a tragédia do voo 447 da Air France, fui obrigado a dar uma vista d'olhos "naquilo que está a dar".

Os 93 milhões de euros pagos ao Machester United pelo Real Madrid visando o jovem Cristiano Ronaldo foi o assunto nos tops das notícias. É verdade que esta é a transacção mais cara de todos os tempos no futebol mundial mas também mereceu a minha reprovação pelo actual momento em que vive a economia mundial. Podem criticar à vontade aqueles que acham que o futebol está acima de tudo, dos homens, do futuro, do trabalhador que dá o seu sangue para o sustento da família e até dos seus próprios filhos.

Encaro isso como uma ofensa e ainda um atestado de incompetência a todos aqueles que lutam pela sobrevivência todos os dias; daqueles que estudam, investem na sua formação sempre desejando dar um futuro digno para os seus filhos. Sei bem que a vida é assim, quem pode pagar o preço não mede esforços e paga. Mas este abuso de poder torna-se também um ultraje, não pela concorrência das outras equipas mas sim, pelo desrespeito pela decência humana.

Coitados dos médicos que passam praticamente 10 anos das suas vidas estudando, pesquisando e aprendendo a lidar com a ciência que é tratar do ser humano e nem sonham um dia serem tratados com tanto capitalismo; dos juízes, que são obrigados a estudar durante anos, vasculhando o direito até aos primórdios da humanidade; dos professores, classe sobrecarregada e mal remunerada; dos bombeiros que dão as suas vidas em prol do próximo. Pode até parecer utopia tudo isto que cito mas acreditem que é uma observação lógica de quão pequeno é o ser humano.

E viva o futebol!

Recebi um mail neste domingo que faz com que pensemos um bocado. Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:

1. "A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus."

2. "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."

3. "O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."

4. "Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente... A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Então, revelou a origem delas: a primeira é de Sócrates (470-399 a.C.). A segunda é de Hesíodo (720 a.C.). A terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C. A quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilónia e tem mais de 4000 anos de existência. Fantástico!! Não mudou nada!!

Ainda sob os efeitos da tragédia com o voo 447 da Air France, no qual 228 almas pereceram no oceano deixando outras centenas a sofrer, chegamos neste domingo de Zurich onde realizamos mais um bom trabalho com o artista Iran Costa. A simpática cidade de Chur nos recebeu com frio e chuva mas de braços abertos com a simpatia que é bem característica dos emigrantes portugueses.

Tudo correu da melhor maneira possível inclusive uma agradável surpresa ao embarcarmos no voo de volta para Lisboa. Para além de ser um voo "artístico" onde vinham Iran Costa, Rute Marlene e João Pedro Paes, recebemos todos a seguinte informação pelos auto falantes do avião:

"Muito bom dia senhores passageiros, aqui fala A VOSSA COMANDANTE RITA LOPES; sejam bem vindos a este voo da TAP com destino a Lisboa".

Confesso que a princípio a notícia de estar num Airbus comandado por uma mulher causa algum impacto mas logo a seguir, senti uma sensação de satisfação por fazer parte daquele momento de orgulho para o ego feminino. Fico feliz por esta "emancipação" feminina. Elas já são muitas na aviação e estão indo cada vez mais longe. Coisa bonita de se ver, de admirar e de um certo prazer em viajar sob o comando da Comandante Rita Lopes.

Poderia ser também a Maria, a Fernanda, a Sandra, a Clotilde ou outra qualquer. O que importa é que as mulheres têm provado que caminham para a frente, atingido objectivos jamais imaginados pela sociedade e isso deve ser motivo de orgulho para todos. Lembro até de uma reportagem com a primeira comandante de Boeings do Brasil no "JÔ" há exactos 15 anos quando esta afirmara que num dos seus voos, dois passageiros se recusaram a voar sob os seus comandos.

Uma coisa eu afirmo: quem é machista nos dias de hoje, vai ficar para trás e correm o sério risco de serem postos de lado na sociedade. Fica aqui o meu "bem haja" a comandante da TAP Rita Lopes e a todas as mulheres que nos fazem felizes a cada dia que passa.

Onde quer que estejam, que Deus vos abriguem em "bom porto".

Causou consternação mundial o facto desta talentosa senhora não ter vencido o concurso "Britain`s Got Talent" em que concorria ao prémio de 15 mil euros. Eu acho inacreditável esta "revolta" dos supostos fãs que mostraram indignação por causa do resultado. Estes acreditam que o mais importante era a Sra. Boyle ter ganho o concurso. Vamos fazer aqui uma pequena análise?

Susan Boyle não ganhou o concurso mas obteve uma projecção que muitos renomeados artistas sonharam ter algum dia. Famosa no mundo através do Youtube, da imprensa (escrita e falada) e dos muitos milhares que comentam com os colegas, amigos e famílias e principalmente pela Internet, Susan Boyle já é "popstar" mesmo sem ter lançado algum trabalho na vida.

Mas, ao que parece, esta simpática senhora já adquiriu as "manhas" artísticas e apesar do talento surpreendente mantém-se as preocupações se Susan terá capacidade para aguentar a pressão de tanto mediatismo. É que, segundo o júri Piers Morgan, nos dias que antecederam a final Boyle teve vários ataques de choro e logo após a final do concurso foi internada numa clínica psiquiátrica, em Londres. A escocesa deu entrada com um diagnóstico de esgotamento físico e mental (eu não disse?).

Entretanto, o futuro da Sra. Boyle pode passar pela produtora de Simon Cowell que, segundo a agência Reuteurs, espera assinar com ela a edição de um primeiro álbum. Hollywood também se mostrou interessada em produzir um filme sobre a sua vida. Tudo isso depois que Susan se recupere do esgotamento. Não tenho dúvidas que o referido álbum irá vender milhões pelo mundo afora.

Antes que eu me esqueça... qual era mesmo o prémio pela vitória no concurso? Você se recorda de imediato o nome do grupo que o venceu? ...nem eu!