O espectáculo degradante da F1

Posted: terça-feira, 16 de junho de 2009 by Cláudio Canadá in
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Não há acordo na F1 entre a FOTA (Associação das equipas da F-1) e a FIA (Federação Internacional do Automóvel) e de acordo com esta última, o tecto orçamentário de 40 milhões de libras será mantido para a temporada 2010. Os representantes financeiros das duas partes estiveram reunidos mas não conseguiram chegar a um acordo que agradasse a ambos.

Em um comunicado enviado a imprensa, a FIA declarou que não houve um acordo pela falta de preparo dos representantes das equipes alegando que eles não estavam preparados para discutir o regulamento e assim a reunião não poderia alcançar o seu objectivo visando encontrar uma posição comum. A FIA apontou a FOTA como a grande responsável pela falha em se conseguir um acordo sobre o futuro da F1, após ter revelado nesta segunda-feira que a situação estaria prestes a ser resolvida na última semana.

Deprimente e degradante espectáculo que estes senhores prioziram em vez de se preocuparem com o futuro da categoria. É óbvio que mudanças nas regras são aceitáveis, dentro dos limites da razoabilidade mas que alterações drásticas neste esporte de topo devem ser analisadas de forma a não alterarem o "significado" até do próprio nome da categoria trazendo equipas sem expressão e com a qualidade que a F1 exige.

Nota-se bem a pressão da Associação Europeia de Fabricantes de Carros. Esta declarou na última semana, que a Fórmula 1 precisa de uma mudança na sua administração. Segundo a organização, a maneira que o esporte tem sido liderado não pode continuar. Hoje, o piloto Mark Webber (Red Bull) escreveu na sua coluna, no site da emissora britânica BBC, que uma nova categoria no automobilismo seria interessante para os pilotos e afirmou total apoio a FOTA.

Será possível que, depois de todas estas manifestações de desagrado, a FIA não enxerga que a maior culpada desta crise é ela própria? Está na hora de deixarem de politiquices e trabalharem em prol do esporte antes que seja tarde demais e a F1 se torne numa categoria sem expressão, sem estrelas, sem publicidade, sem direitos televisivos, sem Ferrari, McLaren...

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