E viveram felizes para sempre
Posted: domingo, 21 de outubro de 2012 by Cláudio Canadá in
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O meu amigo Adelmo Medeiros escreveu palavras interessantes sobre o final da novela Avenida Brasil que faz-nos de certeza, pensar em "certos conceitos de sofá" na atualidade. Bacana. Gosto deste tipo de formadores de opnião que deixa o nosso imaginário repleto de questões. É o que eu considero, o fim da novela. Confira:
'Eu não vou emitir minha opinião sobre a novela “Avenida Brasil” porque, de fato, nunca vi um minuto sequer desse folhetim. Há alguns anos que não vejo novelas. De maneira bem geral, eu realmente acho que novela é um desperdício daquilo que nem Einstein soube definir e que chamamos de “tempo”. Ficar preso diariamente a uma trama previsível na qual todos sabem que o vilão, mesmo com alto grau de esperteza, vai se ferrar no final e o mocinho, a própria encarnação da idiotice, sairá vitorioso é um culto inconsciente à estupidez. Talvez o motivo dessa fórmula pueril possuir a marca do sucesso seja porque A VIDA NÃO É ASSIM. Quem for inteligente e sagaz quase sempre vai conseguir alcançar seus objetivos, sendo irrelevante o próprio caráter. Que o digam certos políticos “queridos” deste país! Entretanto, a pessoa mais bondosa do mundo se for indolente e burra vai morrer no sofrimento. Novela é meio que uma válvula de escape para essa realidade simples do mundo.
No entanto, eu não sou radical a ponto de dizer que a Globo é o santuário da mediocridade televisiva e que só produz lixo midiático. Ela também tem boas produções, inclusive novelas. Mesmo com a previsibilidade que satisfaz o ego do telespectador, novelas a exemplo de “O Cravo e a Rosa” e “Roque Santeiro” me agradaram bastante (esta última só quem tem mais de 30 anos vai se lembrar). No SBT também passou uma que eu gostei, chamada “Éramos Seis”, baseada no livro homônimo de Érico Veríssimo. O livro é melhor, claro.
De qualquer modo, mesmo se a maioria das novelas fosse o epítome da qualidade, ainda sobraria o consumo de tempo que é acompanhar essas estórias. Acho que é por isso que eu prefiro a sétima arte, pois numa película cinematográfica em duas ou três horas a alma se satisfaz sem ansiar pelo outro dia, e já ficamos sabendo o destino de cada personagem. O cinema ou o sofá se tornam palco fugaz do riso ou do choro, da revolta ou do espanto. E na segunda-feira seguinte a vida segue normal, sem um vínculo emocional diário.
A propósito, ao ler os comentários sobre o fatídico final de “Avenida Brasil”, fiquei apenas pensando o que uma chupeta tem a ver com o enredo dessa telenovela... Mas, se querem saber, não estou nenhum pouco interessado. Afinal, conhecer informações desse tipo não engrandece ninguém e tampouco enriquece. Pelo contrário, pode nos empobrecer. "Tô certo ou tô errado"?'
No entanto, eu não sou radical a ponto de dizer que a Globo é o santuário da mediocridade televisiva e que só produz lixo midiático. Ela também tem boas produções, inclusive novelas. Mesmo com a previsibilidade que satisfaz o ego do telespectador, novelas a exemplo de “O Cravo e a Rosa” e “Roque Santeiro” me agradaram bastante (esta última só quem tem mais de 30 anos vai se lembrar). No SBT também passou uma que eu gostei, chamada “Éramos Seis”, baseada no livro homônimo de Érico Veríssimo. O livro é melhor, claro.
De qualquer modo, mesmo se a maioria das novelas fosse o epítome da qualidade, ainda sobraria o consumo de tempo que é acompanhar essas estórias. Acho que é por isso que eu prefiro a sétima arte, pois numa película cinematográfica em duas ou três horas a alma se satisfaz sem ansiar pelo outro dia, e já ficamos sabendo o destino de cada personagem. O cinema ou o sofá se tornam palco fugaz do riso ou do choro, da revolta ou do espanto. E na segunda-feira seguinte a vida segue normal, sem um vínculo emocional diário.
A propósito, ao ler os comentários sobre o fatídico final de “Avenida Brasil”, fiquei apenas pensando o que uma chupeta tem a ver com o enredo dessa telenovela... Mas, se querem saber, não estou nenhum pouco interessado. Afinal, conhecer informações desse tipo não engrandece ninguém e tampouco enriquece. Pelo contrário, pode nos empobrecer. "Tô certo ou tô errado"?'