Um balanço das apurações em Fortaleza
Posted: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 by Cláudio Canadá in
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"Percebo que muitos em Fortaleza ficaram bem chateados com o resultado dessas eleições.
Não gosto de política, e não acredito que o Brasil tenha jeito. Pelo menos não nos próximos 200 anos. Infelizmente, os brasileiros têm o país que merecem. Os fortalezenses mais ainda. Quem conhece países mais evoluídos (como eu conheço) sabe que as pessoas por lá têm um comportamento “anos-luz” melhor que o nosso: na educação, no respeito ao próximo, na autodisciplina, no interesse pelo bem coletivo etc. O baixo índice de corrupção nesses lugares é apenas um reflexo do que eles são quais indivíduos.
É claro que a nação brasileira não é a verdadeira culpada pela situação presente. O que vemos hoje é mero resultado do “modus operandi” das classes dominantes, desde a época que Diogo Álvares, o vulgo Caramuru, aportou por estas bandas e os portugueses iniciaram seu colonialismo desastroso, e obrigaram todos a viverem sob aqueles regimes, das capitanias hereditárias ao Segundo Império. Com o advento da República o mal já tinha sido instalado.
Problemas a exemplo do sucateamento das escolas públicas e da violência acabam por ajudar a perpetuar esse modelo vigente. Afinal, é mais fácil enganar e manipular um universo caótico de pessoas, pois a principal preocupação delas é a sobrevivência e não ter uma visão mais consciente do mundo. Por isso, há quem diga que o Brasil é o que é de forma proposital, pois se os brasileiros tivessem mais cultura e educação, não seríamos meros cordeirinhos.
Sei que política não segue a lógica nem um raciocínio linear. Entretanto, se os eleitores do Roseno sabiam que ele não tinha chance de ganhar o pleito, conforme atestava a ciência estatística das pesquisas, por que eles não mudaram seu voto para o Heitor Férrer? Ou então o próprio Roseno podia, de última hora, ter conclamado seus eleitores a votar dessa maneira. Fico pensando se isso não foi feito por falta de união ou por burrice mesmo...
Heitor Férrer + Roseno = 32,81 %
Elmano = 25,44 %
Roberto Cláudio = 23,32 %
Bem, mas visto que a última pesquisa do Ibope tinha mostrado o Heitor Férrer com 13% e ele obteve, na realidade, mais de 20, suponho que muitos eleitores fizeram exatamente o que eu disse acima, i. e., mudaram seu voto na última hora a favor do Heitor.
A propósito, na última sexta-feira, estava eu na Rua Castro e Silva quando fui cumprimentado inesperadamente pelo próprio Heitor Férrer. Ele apareceu com um grupo de pessoas fazendo uma caminhada em prol de sua campanha. E uma moça muito bonita que estava com ele pregou um adesivo na minha camisa. Só uma mulher bonita mesmo para conseguir essa façanha! De fazer o “não político” Adelmo usar uma propaganda de candidato.
Ah sim, votei no Heitor. Outro efeito da taça de Circe sobre o guerreiro recém chegado de Tróia... :-)
Um grande abraço, Cláudio!"
Não gosto de política, e não acredito que o Brasil tenha jeito. Pelo menos não nos próximos 200 anos. Infelizmente, os brasileiros têm o país que merecem. Os fortalezenses mais ainda. Quem conhece países mais evoluídos (como eu conheço) sabe que as pessoas por lá têm um comportamento “anos-luz” melhor que o nosso: na educação, no respeito ao próximo, na autodisciplina, no interesse pelo bem coletivo etc. O baixo índice de corrupção nesses lugares é apenas um reflexo do que eles são quais indivíduos.
É claro que a nação brasileira não é a verdadeira culpada pela situação presente. O que vemos hoje é mero resultado do “modus operandi” das classes dominantes, desde a época que Diogo Álvares, o vulgo Caramuru, aportou por estas bandas e os portugueses iniciaram seu colonialismo desastroso, e obrigaram todos a viverem sob aqueles regimes, das capitanias hereditárias ao Segundo Império. Com o advento da República o mal já tinha sido instalado.
Problemas a exemplo do sucateamento das escolas públicas e da violência acabam por ajudar a perpetuar esse modelo vigente. Afinal, é mais fácil enganar e manipular um universo caótico de pessoas, pois a principal preocupação delas é a sobrevivência e não ter uma visão mais consciente do mundo. Por isso, há quem diga que o Brasil é o que é de forma proposital, pois se os brasileiros tivessem mais cultura e educação, não seríamos meros cordeirinhos.
Sei que política não segue a lógica nem um raciocínio linear. Entretanto, se os eleitores do Roseno sabiam que ele não tinha chance de ganhar o pleito, conforme atestava a ciência estatística das pesquisas, por que eles não mudaram seu voto para o Heitor Férrer? Ou então o próprio Roseno podia, de última hora, ter conclamado seus eleitores a votar dessa maneira. Fico pensando se isso não foi feito por falta de união ou por burrice mesmo...
Heitor Férrer + Roseno = 32,81 %
Elmano = 25,44 %
Roberto Cláudio = 23,32 %
Bem, mas visto que a última pesquisa do Ibope tinha mostrado o Heitor Férrer com 13% e ele obteve, na realidade, mais de 20, suponho que muitos eleitores fizeram exatamente o que eu disse acima, i. e., mudaram seu voto na última hora a favor do Heitor.
A propósito, na última sexta-feira, estava eu na Rua Castro e Silva quando fui cumprimentado inesperadamente pelo próprio Heitor Férrer. Ele apareceu com um grupo de pessoas fazendo uma caminhada em prol de sua campanha. E uma moça muito bonita que estava com ele pregou um adesivo na minha camisa. Só uma mulher bonita mesmo para conseguir essa façanha! De fazer o “não político” Adelmo usar uma propaganda de candidato.
Ah sim, votei no Heitor. Outro efeito da taça de Circe sobre o guerreiro recém chegado de Tróia... :-)
Um grande abraço, Cláudio!"
Adelmo Medeiros