Lustosa da Costa, a última viagem

Posted: sexta-feira, 5 de outubro de 2012 by Cláudio Canadá in
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Hoje, sexta-feira, tento me recuperar da triste surpresa que tive na passada quarta quando soube da morte do meu amigo Lustosa da Costa. Não há nada para falar sobre o nobre jornalista que possui um vasto legado de amigos e admiradores já que, tudo o que eu escrever sobre a sua vida e obra literária, seria pequeno ante tudo aquilo que já foi dito em blogues, sites e na matéria de hoje do Diário do Nordeste, o qual você confere na matéria Um último adeus ao príncipe do Norte da Mayara de Araújo.
 
Triste com a perda de um amigo mas feliz e satisfeito por poder chamá-lo assim, de amigo. Honrado por ter pertencido a este seleto rol, de poder ter compartilhado de momentos ao seu lado e trocar impressões e boas prozas pelos e-mails, coisa que ele fazia com excitação. Lustosa era um apaixonado pela vida, pelos amigos, pelo meu Portugal. Tenho lá os livros que me presenteou com ênfase os quais me levaram a reviver os meus momentos na minha querida Piedade (Joaquim Távora) e a Travessa Nsa. Sra. da Piedade, onde morou. Lustosa dos bons vinhos, da boa comida e dos bons livros.
 
 
Foi com ele que conheci o emblemático e fino restaurante "Nariz de Vinho Tinto" na Lisboa antiga, ponto conhecido dos embaixadores, cônsules e diplomatas brasileiros na Europa. Mas foi comigo que Lustosa conheceu o "Barbas", na Costa da Caparica, margem sul de Lisboa e o típico "O Forcado" em Loures. Nunca esqueceu daquela caldeirada de peixe e do "João Pires" branquinho. O nosso último passeio, já cansado e com dificuldade em respirar, fomos a Óbidos e Peniche. Desta vez, pediu-me uma cervejola para acompanhar o peixe; com prazer, Lustosa, disse-lhe.
 
 
Brincamos, na companhia do irmão Iran Costa e lhe "brindamos" com uma farta entrada antes do almoço que o levou as gargalhadas. Estas histórias curtas mas intensas estarão eternizadas pois sou daqueles que acreditam que a vida é construída de acordo com a intensidade dos momentos vividos. Para isso, "fartar o bandulho" era ponto crucial para a felicidade, palavras próprias do querido Sobralense. Lembrando de todas as nossas peripécias tugas, guardarei o Lustosa na minha vida como um símbolo, da autenticidade e de tudo o que é verdadeiro.
 
 
 
Citei-lhe por várias vezes neste espaço sempre com alegria e deixarei assim resgistrada a minha intenção bem como a de ter podido conhecer um homem sério e verdadeiro, que deixa saudades e exemplos da vivência intensa de cada dia. Com alegria irei lhe recordar para todo o sempre, com as imagens dos nossos felizes encontros, sempre brindando a vida, saboreando-lhe cada momento, de preferência, sentados à mesa de um bom restaurante.
 
 

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