Confirmação de uma crise

Posted: sexta-feira, 20 de março de 2009 by Cláudio Canadá in
0

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê um crescimento negativo da economia mundial em 2009, de acordo com as afirmações do seu secretário-geral, Angel Gurria. Será a primeira recessão global desde a II Guerra Mundial. Ele disse que estamos a presenciar um mundo que irá para o negativo porque mesmo os crescimentos positivos da Índia e da China não poderão compensar o crescimento negativo nos países industrializados, em resposta a uma pergunta sobre o crescimento esperado para 2009.

Acho isso incrível. É preciso ser um secretário-geral de uma organização do raio-que-o-parta qualquer para confirmar que o mundo está em recessão e que a economia mundial está fortemente abalada. As famílias carenciadas, as empresas insolventes e os incumpridores das obrigações mais básicas são aqueles que se ressentem com a crise e não precisam de confirmação alguma já que o problema já os "devorou" a muito tempo.

Vejam só: a produção industrial da zona do euro teve baixa a quinta vez seguida em Janeiro e registou declínio recorde na comparação anual, de acordo com a agência estatísticas Eurostat. Na comparação de Janeiro com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 17,3%, a maior da série histórica, iniciada em 1990.

Entre os sectores, a produção de bens de consumo não duráveis diminuiu 1,1% na área do euro na comparação com o mês anterior, enquanto o segmento energético registrou baixa de 1,6%.
Os bens de consumo duráveis recuaram 2,6% na região, na mesma comparação.

Será mesmo preciso fazer análises e comparativos para que os grandes homens da economia mundial entendam que a recessão tem raízes bem fincadas e que é preciso fazer alguma coisa? É que, falar da crise é muito fácil bem como fazer as previsões mais pessimistas possíveis pois isto é como empurrar um bêbado numa ladeira... mas é possível fazer alguma coisa? Como grandes homens de negócios que são, têm a obrigação de realizarem os seus trabalhos sim, mas para com o objectivo de procurarem alternativas e não virando as costas ao problema.

0 comentários: