"Os mortos-vivos"
Posted: segunda-feira, 30 de março de 2009 by Cláudio Canadá inComo o mundo dá as suas voltas... Não quero mais maçá-los com este assunto pois foi o que rolou na imprensa mundial neste fim-de-semana. Mas não poderia deixar de registar o "renascimento" de dois grandes pilotos na F1, Jenson Button e Rubens Barrichello, que graças a Ross Brawn, conseguiram provar que o futuro pertence a quem trabalha e nele acredita.
Carro pouco rodado mas bem concebido, equipa praticamente extinta no final do ano e dificuldades financeiras apesar de algumas parcerias, a Brawn GP consolidou-se como a principal equipa na categoria, pelo menos as próximas corridas. Isso porque, para evoluírem o carro, será preciso um leque de investimentos e isso nós não sabemos onde irão buscar.
Corrida brilhante mas coroada também com alguma sorte para o piloto brasileiro, a Brawn GP já desperta a ira de alguns nomes importante do padock, entre eles o de Fernando Alonso, que afirmou que "alguém deve fazer alguma coisa contra os carros da Brawn GP pois se assim continuarem, vão ganhar todas as corridas".
Ora amigos, isso não passa de desespero caprichoso de menino invejoso. É que quando a Renault tinha a superioridade na F1 tornando o piloto espanhol bi-campeão mundial, ninguém chegou a dizer tamanho disparate e isso faz-me lembrar certos pilotos que, por mais talentosos que fossem, só sentariam em carros vencedores.
Alegrias à parte, para mim a Brawn GP ainda é uma incógnita e a primeira corrida do ano não serve de projecção para o campeonato. As outras equipas deverão se mexer e dar mais luta pelo que o trabalho de Ross Brawn não será facilitado. Porém, é saudável ver que a F1 está mudada, sem aquela hegemonia a que nos habituamos nos últimos tempos, dando a oportunidade de surgirem novos talentos e os "monstros adormecidos" despertarem.