O anúncio de Luiz Felipe Scolari como treinador do Chelsea apanhou tudo e todos de surpresa, principalmente os que se encontravam ao lado do seleccionador de Portugal.

É óbvio que quem irá sentir mais a sua falta é o grupo da selecção portuguesa, tão ferozmente defendido pelo gaúcho nos últimos tempos.
Já foram inúmeros os comentários dos jogadores portugueses a respeito da saída de Felipão para o clube inglês e também o do guarda-redes checo Petr Cech que, após o encontro com os portugueses, considerou que o brasileiro "é um treinador com grande carisma, experiência e resultados", e que está "desejoso" de trabalhar com Scolari.

Engraçado isso, não é mesmo? Até bem pouco tempo atrás eu lia e ouvia comentários que o Scolari deveria deixar a selecção, que não deveria ter sido contratado e que apesar dos resultados positivos à frente do grupo, já deveria ter ido embora principalmente aquando das especulações sobre a sua eventual mudança para a selecção inglesa e daquela fatídica tentativa de agressão ao Dragutinovic ao "tentar" defender "o menino" Quaresma..

Ontem e hoje, vi, li e ouvi tudo ao contrário. A tristeza tomou conta do país e até mesmo os telejornais deram destaque ao assunto tendo-o como matéria principal.
Até esquecemos (um pouco) a greve dos camionistas que estava no seu auge sem uma "vela" no fim do túnel e principalmente esquecemos que a selecção tinha ganho por 3x1 da poderosíssima República Checa e consequentemente conseguira a tão desejada classificação para a próxima fase do Euro.

Considero o Scolari um exemplo, de determinação, transparência e profissionalismo. Portugal (o país) só ganhou com as suas intervenções e todas as lições deixadas por este grande técnico de futebol deverão servir para o futuro.
Para onde quer que vá, Luiz Felipe Scolari levará o carinho, respeito e a admiração da nação lusa.