Mas para onde é que vamos? Vandalismo, ofensas à integridade física das pessoas, mortes...

Bem, o grande receio dos pensadores da antiguidade era a democracia em excesso.

Confirmo que a democracia é um bem comum adquirido e que actualmente os nossos direitos fundamentais estão causa.

Você concorda? Eu sim, a democracia é importante para o país e o direito à greve está preservado pela Constituição.

Mas quando termina o nosso direito? Quando começa o do próximo, claro. Esta é uma frase histórica.

Então vejamos: A paralisação dos camionistas ficou manchada nesta terça-feira por uma morte, mas o protesto não vai parar e os camionistas determinados continuarão com a greve até que o Governo entenda as "dificuldades das pequenas transportadoras". Mas, serão precisos mais desacatos, pedras, fogos ateados aos camiões, pancadaria e até mortes?

É lamentável a morte do motorista de 52 anos, entretanto convém apenas lembrar que estamos num País livre (democracia lembram-se?) e que dentro dos limites legais, faz greve quem quer e/ou quem pode e ainda, não faz greve quem não quer e/ou não pode. Ninguém pode ser obrigado ou coagido a qualquer das situações.

Está a faltar combustível, alimentos e bens essenciais. É facílimo apontar o dedo ao governo, aliás é o que sabemos fazer de melhor. O governo tem sim a sua parcela de culpa mas é necessário entender também que no actual momento em que vive o país, o governo não poderá obrar milagres e atender a todas as exigências dos grevistas. É preciso o diálogo aberto e transparente para que as "duas partes" consigam um entendimento sob a forma de cedência mútua.

Já agora, o governo deu ordens as forças de segurança para que todos os meios sejam utilizados para travar os bloqueios dos piquetes aos camionistas que querem trabalhar. Há que começar por algum lado...