Atendimento e Intolerência
Posted: sexta-feira, 15 de maio de 2009 by Cláudio Canadá inCada vez mais fico pasmo como a atitude dos portugueses perante as adversidades alheias. As 9hs, hora do início do período laboral, do trabalho duro (mesmo sendo uma sexta-feira) na empresa, há uma quebra de corrente eléctrica e a nossa UPS não disparou como deveria. Entretanto, neste complexo e luxuoso condomínio de escritórios há um gerador para as áreas comuns. Atenção: somente para as áreas comuns.
É que, os colaboradores ficam as escuras porque só há luz nas áreas comuns e a indiferença dos responsáveis face ao caos nas empresas é total. Quando contactados para divulgarem alguma informação sobre tais factos, a frieza como operam nas suas mórbidas palavras faz com que o mais crente aos valores humanos se deixe desiludir com tamanha falta de sensibilidade perante as consequências que estas pequenas falhas venham a causar.
Uma informação é apenas uma informação, não uma exigência ou reclamação. Mas isso é mesmo à portuguesa, mesmo que as empresas sejam cumpridoras das suas onerosas obrigações (que não são poucas) perante as administrações dos condomínios. Se “pago” por um serviço, “exijo” ser muitíssimo bem servido e quando necessito de uma informação, esta tem que ser prestada, independentemente do estado psicológico, espiritual ou financeiro daquele a quem recorro.
Infelizmente esta é uma praxe do atendimento ao público em Portugal… não quero jamais ferir àqueles que trabalham e trabalham para melhor servir mas esta mentalidade já cansa e se não houver uma sensibilização para um melhor atendimento ao ser humano, a tendência destas sociedades é o caos, a intolerância e a completa demência, consequência deste estado individual das pessoas.